- “A música sempre mexeu comigo, desde criança. Eu adorava fazer a vassoura de guitarra, e volta e meia me apaixonava em segredo por alguma música, e ficava esperando ouvir na rádio de novo. Aos 13 anos, época em que eu era um “garoto problema�, meus pais decidiram me presentear com um violão pra ver se eu me acalmava e parava de aprontar. Deu um pouco certo sim! Eu dividia meu tempo em tocar e me revoltar com a chegada da adolescência, antes eu só me revoltava (risos). Fiz umas aulinhas de violão básico e aprendi a tirar o som do violão muito rápido e fazia uma música a cada acorde novo que eu aprendia, foi aí que descobri que tinha encontrado “minha praia�.�

- “Quando eu era pequeno ouvia a música que meus pais ouviam, e pra minha sorte, eles escutavam Pink Floyd, Beatles, Nelson Cavaquinho, Roberto e Erasmo, entre outros.
Então quando eu comecei a ouvir música por conta própria eu já conhecia e gostava de muita coisa!�

- “Eu descobri Beatles em casa, meus pais sempre foram fãs, e desde sempre achei a música deles algo especial, sou influenciado por qualquer tipo de som que mexa comigo, não tenho restrições, mas sempre que estou fazendo e criando música, não me esqueço de meus quatro heróis de Liverpool.�

- “Me inspiro muito em gente que fala simples em suas letras. Adoro o jeito que Erasmo e Roberto escrevem, gosto de pessoas que falam na música com gírias que elas usam no seu cotidiano como o Seu Jorge ou Zeca Pagodinho, por exemplo. Eu tento ser assim: Não fugir do Luiz Lopez batendo papo pra virar o Luiz Lopez “poeta�.�

- “Os Filhos da Judith foi a minha banda com meu irmão Pedro Dias e o meu amigo Alan Fontenele, que existiu durante 16 anos, exatamente a metade da minha vida - fizemos muitas e muitas gravações de demos, etc... Mas discos oficialmente lançados foram os: “Eu Queria Ser Vinil� (2006) e “Filhos da Judith� (2011).�

- “Foi no inicio de 2013, estávamos todos insatisfeitos uns com os outros dentro da banda. A gente não conseguia concordar em nada, e quando a gente concordava, era apenas pra evitar um conflito, e que logo depois, vinha maior ainda. Decidimos então que era hora de um afastamento, independente de quantos compromissos a gente tinha como banda. Sentimos que em nome de toda verdade que passamos para as pessoas durante todos esses anos, devíamos essa verdade também aos nossos amigos e fãs: A banda já não existia mais. E nessa, eu descobri que eu tinha uma pendência interna: Ser eu mesmo ao máximo na minha arte. Decidi então fazer esse disco que tem como temática principal a sinceridade, estou falando nele de temas extremamente desconfortáveis pra mim como o próprio fim da banda ou detalhes do momento em que fiquei internado em hospital. Acho que as pessoas, ao ouvirem o meu novo trabalho, vão entender bem os motivos de tudo.�

- “Estou em fase de mixagem e finalização do disco que vai se chamar “Primal�. Além de ser o meu primeiro trabalho como Luiz Lopez, o conteúdo das músicas tem muito a ver com a Terapia Primal que, entre outros “choques�, consiste em bater de frente com traumas e neuroses, falando abertamente sobre esses problemas. Está bem diferente de tudo que já havia feito. Autoral e totalmente autobiográfico.�

- “O primeiro encontro com o Tremendão foi depois de ter gravado uns vocais na música dele “Noite Perfeita� a convite do Liminha, super produtor musical que na ocasião estava produzindo o disco Rock’n’Roll do Erasmo. Liminha fez essa surpresa pra ele, de mostrar os arranjos vocais já prontos, e pra nossa sorte, o Erasmo adorou!
Foi aí que gravamos os vocais desse álbum, em seguida veio o convite pra integrar banda base dele e lá se vão quatro anos tocando com o mestre do Rock Brasileiro.
Depois de ter tido esse contato com o Erasmo na gravação, ele mesmo ligou pro meu celular e fez a celebre pergunta: “Bicho, há quanto tempo tu não faz sexo? Estou convidando vocês pra ser a minha banda, topam?�. Dei risadas e disse que ia ver na minha agenda se tinha um tempinho pra ele (risos). O clima desde então tem sido assim, muito amor e diversão, levando ao pé da letra como deve ser o Rock’n’ Roll!�